TORRE GIGANTE
MOVIDA A ÁGUA GERARÁ ENERGIA
AR MAIS DENSO
MOVIMENTA TURBINAS EM SUA BASE

IMAGEM DE COMO SERÁ A TORRE (FOTO: SOLAR WIND ENERGY TOWER/DIVULGAÇÃO)
Imagine a
paisagem: uma torre gigante, 300 metros mais alta que o Empire StateBuilding,
erguida no meio do deserto do Arizona. Pelo menos, esse é o objetivo da empresa
Solar Wind Energy Tower, que vai construir essa torre com 120 turbinas
instaladas em sua base e capacidade de bombear até 9,2 bilhões de litros de
água. Lançada do topo da torre em finos jatos por injetores, a água evapora e
esfria o ar quente, tornando-o mais denso e fazendo-o descer até as turbinas na
base para movimentá-las.
Por utilizar água, ela pode funcionar ininterruptamente, não
dependendo do sol ou do vento.O projeto prevê ainda que a torre gerará a
própria energia para funcionar – 11% dela serão utilizados para bombear a mesma
água de novo ao topo, segundo seus desenvolvedores.
A ideia de torres geradoras de energia não é nova: o primeiro
projeto nasceu na França, em 1903, e as primeiras patentes foram registradas em
1975. E, na década de 1980, engenheiros espanhóis afinal conseguiram construir
uma torre com 195 metros de altura, que durante sete anos também utilizou ar
aquecido para movimentar turbinas, até ser derrubada por uma tempestade.
O maior
desafio é financeiro, considerando o custo do projeto por conta de de suas
dimensões, obrigatoriamente grandes. A torre do Arizona, por exemplo, não sairá
por menos de US$ 1,5 bilhão. Por isso surgiram vozes críticas, como Mike
Bernard, diretor do Energy and Policy Institute, entidade especializada em
energias renováveis, segundo o qual o projeto do Arizona não é viável
economicamente. Para bombear novamente a água ao topo da torre, argumenta ele,
serão necessários mais de 50% da energia produzida e não apenas 11%, como
sustentam seus desenvolvedores.
Polêmicas à parte, as autoridades da cidade de San Luís já
autorizaram a construção da torre, que deverá se iniciar no fim do ano, com
conclusão prevista para 2018. A previsão de geração de energia é de 435 MWh por
dia. Como essa tecnologia requer locais secos com ar quente – características
de zonas desérticas – a empresa já está de olho em mercados de países como
Arábia Saudita ou Chile.
Fonte: Epoca Negocios
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