Gigante Alibaba deve entrar na bolsa dos EUA até o fim desta semana
Data exata será
confirmada na última hora, assim como sua cotação.
Valor por título previsto atualmente seria entre US$ 60 e US$ 66.
Valor por título previsto atualmente seria entre US$ 60 e US$ 66.
As bolsas dos EUA se preparam para receber a principal
companhia de comércio pela internet Alibaba, que pode concluir nesta semana a
maior entrada na bolsa da história. A ação "Baba" deve dar seus
primeiros passos no New York Stock Exchange até o final da semana.
A data exata será confirmada na última
hora, assim como sua cotação. O valor entre US$ 60 e US$ 66 por título previsto
atualmente pode gerar uma captação de fundos entre US$ 19,2 e US$ 24,3 bilhões
pelo primeiro pacote oferecido ao mercado.
O recorde mundial de US$ 22,1 bilhões
registrado em 2010 pelo banco chinês AgBank nas praças de Hong Kong e Xangai está, portanto, prestes a ser batido.
Especialmente se o preço final for superior ao estimado, um cenário considerado
provável pelos analistas.
O grupo valeria mais de US$ 200 bilhões.
O preço de entrada na bolsa considerado no
momento considera o valor total do Alibaba entre US$ 147,9 bilhões e US$ 162,7
bilhões. Entretanto, alguns analistas avaliam o grupo em US$ 200 bilhões ou até
mais.
Muitos esperam um aumento da cotação
inicial, segundo Gregori Volokhin, da Meeschaert Financial Services. "No
início avançam prudentemente, porque é muito difícil saber a priori qual será o
apetite dos investidores institucionais americanos", explicou a AFP.
Por maior que seja, o Alibaba continua
sendo pouco conhecido fora de seu país de origem, onde registra 85% de seu volume
de negócios.
Por outro lado, os grandes fundos
norte-americanos escolhem seus investimentos baseando-se na composição de um
índice, em geral o S&P 500, das grandes empresas que operam no Estados
Unidos e que o Alibaba não integrará.
A outra razão para a prudência, segundo
Volkhin, é o precedente criado pelo Facebook, que "frustou" muitos
investidores. A rede social foi em 2012 a última grande entrada na Bolsa de
Nova York de uma empresa de internet. Depois de uma de cotização afetada por problemas
técnicos, a ação sofreu uma queda quase que imediata.
As perspectivas parecem boas se for
considerado o interesse suscitado pelo "roadshow", a apresentação que
precede tradicionalmente a entrada na bolsa. Na etapa nova-iorquina, as redes
financeiras norte-americanas mostraram que os investidores fazem fila para
comprar as ações chinesas. A imprensa aponta uma demanda por títulos superior à
oferta.
"Quando os investidores enxergam crescimento, se
entusiasmam, mesmo que se trate de uma firma chinesa", comentou Kelland
Willis, analista do gabinete Forrester.
Willis cita como exemplo a ascensão
"fenomenal" do JD.com, maior concorrente do Alibaba na China, cuja
ação teve uma valorização de 150% desde a sua entrada em Wall Street no fim de
maio.
Do mesmo modo, o Alibaba oferece a
possibilidade de se beneficiar do boom do consumo naChina,
exibindo crescimento e elevada rentabilidade, que fazem os investidores
delirar.
Onda expansiva
A dúvida é se as grandes empresas de comércio online dos EUA têm motivos para se preocupar. "O Alibaba não deveria afetar de maneira significativa as vendas da Amazon e do eBay em um futuro próximo", opinou Kelland Willis.
"Os Estados Unidos são um mercado
maduro, onde os hábitos dos consumidores estão bem arraigados",
considerou. "São necessários vários anos ou uma aquisição muito importante
para alcançar os atores já estabelecidos", avaliou.
Os efeitos secundários podem se fazer
sentir melhor no próprio mercado, dada a amplitude da operação.
"É necessário tirar o dinheiro de
alguma parte", ressaltou Volokhin. "Isso pode gerar uma realização de
lucros nas empresas rivais para obter fundos".
Os investidores podem, por exemplo,
substituir a Amazon pelo Alibaba em parte de seus portfólios.
Yahoo!, importante acionista do Alibaba,
pode se ver afetado se os investidores preferirem no futuro comprar diretamente
as ações do grupo chinês.
Mas o grupo de internet americano
capitalizará bilhões de dólares graças a essa entrada na bolsa, que será
acompanhada de perto.
Fonte: G1
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